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Por António Capitão
O general Egídio de Sousa “Disciplina” destacou ontem, na cidade do Uíge, a figura do Presidente da República como tendo sido o principal promotor da paz e estabilidade política, militar, social e económica de Angola.
Egídio de Sousa Santos discursava numa palestra sobre “A importância da paz e da estabilidade”, enquadrada no âmbito do Processo Educativo-Patriótico dos efectivos das Forças Armadas, na sala de conferências do Quartel-General do Comando da Região Militar Norte.
O chefe do Estado-Maior adjunto das FAA para a Educação Patriótica salientou que José Eduardo dos Santos engajou-se sempre em várias actividades políticas e militares que conduziram à conquista da Paz a 4 de Abril de 2002, em consequência da assinatura do memorando de entendimento do Luena.
Ao considerar a paz como elemento fundamental para o crescimento económico de Angola, Egídio de Sousa falou das diferentes etapas da guerra pós-independência, e recordou aos efectivos da Região Militar Norte que o Protocolo de Lusaka tinha como base a desmobilização das tropas do governo (FAPLA), e da UNITA (FALA). Lembrou ainda que o tratado foi assinado na capital da Zâmbia, Lusaka, no dia 20 de Novembro de 1994, pelo malogrado ministro das Relações Exteriores do Governo angolano, Venâncio de Moura, e o então secretário-geral da UNITA, Eugénio Ngolo Manuvakola.
O Protocolo de Lusaka, acrescentou, veio corrigir alguns défices que se tinham registado nos acordos de Bicesse e também serviu para a formação de um Governo de Unidade e de Reconciliação Nacional. O general Egídio de Sousa destacou as questões migratórias como uma das principais consequências do conflito armado em Angola, que também provocou o aumento da taxa de analfabetismo, alteração dos valores culturais, tráfico de capitais, abandono dos campos de produção, envelhecimento demográfico, entrada descontrolada de divisas estrangeiras, fome, pobreza e a quebra da população jovem.
Paz definitiva
Egídio de Sousa afirmou que a paz conseguida no Luena corresponde aos interesses mais legítimos do povo angolano, e que a mesma é definitiva. “A paz alcançada sem imposição de forças externas, resultou sobretudo dos esforços dos angolanos que entenderam que havia necessidade de se acabar com a guerra e iniciar um processo de reconciliação e reconstrução do país”, afirmou.
O chefe do Estado-Maior adjunto das FAA sublinhou que conquistada a Paz, novos desafios se colocam ao povo angolano, como o desenvolvimento de um conjunto de acções com a finalidade de combater a fome e a pobreza.
Egídio de Sousa indicou que depois de várias décadas de conflito, regista-se nos últimos anos um período de maior crescimento económico, com sinais concretos de estabilização da inflação.
Via JA