Homenagem ao Bispo Dom Afonso Nteka
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Por Miguel Kiame
Completaram-se, domingo último, 23 anos da partida de D. Afonso Nteka para a "Casa do Pai".
A atmosfera do dia 10 de Agosto estava tão gélida que parecia estarmos confinados num território glacial. Considerando que o evento evoca uma certa consternação, quisera assim a natureza emprestar a sua solidariedade ao cerimonial, por isso, o sol não raiou, o dia acordou cinzento, de um nevoeiro espesso e vento cortante. Mentes desalentadas num dia com cara triste. Contudo, este percalço, se assim se pode designar, não impediu o fervor para a justa e merecida homenagem do Santo Povo de Deus ao Bispo Nteka. Estamos a falar, justiça seja feita, de um dos Filhos mais brilhantes que as entranhas da Damba pariram. Daí a ambiência ardente.
Sob o lema o " valor da amizade" a comemoração carregada de muito simbolismo e devoção, teve como ilustre convidado, o nosso querido D. Kahango que com a sua retórica envolvente e cativante acalorou os fiéis presentes com exemplos vivos de como funcionou a amizade entre dois confrades capuchinhos, no caso, ele próprio e o malogrado D. Nteka.
A Damba, frisou o prelado, é uma terra abençoada e de gente portentosa. É um Município sem paralelo! Já produziu três Bispos. É obra! Eu acrescento mais um na conta, D. Afonso Nunes, portanto, quatro! A Damba, prosseguiu, é o Município com mais frades capuchinhos e com mais irmãs de Misericórdia. São os frutos de uma obra que tem como precursor, D. Afonso Nteka. Escuso-me a referir a extensa lista de colunáveis nas mais diversas áreas da política, ciência, educação, desporto, etc, da vila graciosa.
É pena, nessas ocasiões, a nossa participação começar a revelar-se moribunda, não fazendo jus ao nosso verdadeiro potencial humano.
Honremos os nossos Filhos e, por via disso, a nossa querida Damba.