Mais de 300 ex-refugiados na RDC regressaram ao país.
Uíge - Trezentos e vinte e quatro angolanos ex-refugiados da República Democrática do Congo (RDC) regressaram nesta quinta-feira a província do Uíge, através do posto fronteiriço de Kimbata, município de Maquela do Zombo.
No quadro do processo de repatriamento voluntário em curso no país encontra-se instalada, na fronteira de Kimbata com a RDC, uma equipa multisectorial 'devidamente' preparada para a recepção dos angolanos.
Entretanto, os ex-refugiados angolanos antes de entrarem no território Nacional são submetidos a uma triagem e a medição de temperatura, tensão arterial e vacinação contra o tétano e sarampo, para determinar o estado de saúde de cada um, para além de um interrogatório dos Serviços de Migração Estrangeiros (SME).
Depois do processo de triagem, os ex-refugiados são encaminhados para um Centro de Acolhimento onde estão criadas condições básicas para a primeira assistência e a atribuição de documentos básicos como o Acento de Nascimento, Bilhete de Identidade e outros.
A coordenadora provincial deste processo de repatriamento voluntário, Maria Fernandes da Silva e Silva, disse à Angop que o primeiro grupo que regressou recentemente ao Uíge era constituído por 385 refugiados, enquanto que quinta-feira (ontem) entraram no país 324 refugiados.
Para além deste grupo, acrescentou, estão a caminho mais de 500 outros refugiados radicados na província do Baixo Congo que serão recebidos, sábado, no mesmo posto fronteiriço.
“Os refugiados estão a ser encaminhados para os municípios de origem a nível da província do Uíge, de acordo com as respectivas localidades. Até ao fim do processo previsto para o mês de Outubro, a província do Uíge vai receber 29 mil refugiados residentes na RDC ao longo de muito anos”, anunciou a coordenadora do repatriamento.
Por seu lado o administrador municipal de Maquela do Zombo, Benji Moco Henriques, valorizando o regresso dos angolanos à sua terra natal, disse que depois da sua inserção na vida social, os mesmos vão contribuir no desenvolvimento do país e no bem estar das suas famílias.
“Muitos refugiados têm formação profissional e técnica em vários domínios, por isso, depois de serem devidamente integrados, esperamos que contribuam em grande parte no desenvolvimento do país e da província, em particular”, enfatizou Benji Moco.
Via Angop