Museu Etnográfico do Congo necessita intervenção urgente
Autoridades tradicionais e religiosas defenderam, na província do Uíge, a requalificação das instalações do Museu Etnográfico do Congo e a recuperação do acervo cultural perdido ao longo dos tempos.
José Esteves, soba da zona 1 do bairro Mbemba Ngango, disse que a Direcção Provincial da Cultura deve trabalhar em colaboração com as autoridades tradicionais, principais conhecedoras do acervo cultural da região, com o objectivo de facilitar a produção de peças museológicas para apetrechar o museu.
Ao falar a propósito do Dia Mundial dos Museus (18 de Maio), José Esteves disse que o sector deve também associar-se aos historiadores, artistas plásticos e outros criadores de arte no sentido de facilitar a produção de objectos que retratam a realidade cultural da região. “Esperamos que o Executivo dê mais atenção e apoio aos artistas plásticos, para que as figuras históricas da região sejam reproduzidas em monumentos, estátuas, bustos e símbolos com vista a conservação dos valores culturais”.
O soba garantiu que as autoridades tradicionais da província têm as portas abertas para fornecer informações úteis sobre o passado da região, falarem sobre as figuras que deram o melhor de si para o bem da província e a defesa dos valores culturais da região, em particular, e do país, em geral.
O pastor da Igreja Kimbaguista na província do Uíge, Afonso Simão Nico, sublinhou que os museus são de grande importância porque permitem às novas gerações, estudantes e outros indivíduos, entenderem facilmente a história de um povo.
As autoridades tradicionais e religiosas conhecem a verdade histórica, os sítios e monumentos que podem ser reproduzidos para explicar a realidade cultural da região e as suas fases do desenvolvimento, acrescentou.
Pedro Cenas Dissungua, chefe do departamento do Património Histórico e Cultural, que foi o orador da palestra subordinada ao tema “A importância dos Museus”, disse que a Direcção Provincial da Cultura está empenhada na procura e recuperação das peças museológicas perdidas ao longo dos tempos.
Via Jornal de Angola