O bispo da diocese do Uíge, D. Emílio Sumbelelo, exortou, na vila do Quitexe, a população a ter uma maior responsabilidade na protecção do Ambiente, com vista a legar às gerações vindouras um país equilibrado.
O prelado falava durante a abertura do seminário sobre a protecção do Ambiente, promovido pela Caritas Diocesana. Referiu que as mudanças climáticas na região, no país e no mundo, nos últimos tempos, já afectam a vida das pessoas.
“A comunidade científica confirma a realidade do aquecimento global, que se manifesta no aumento do nível das águas do mar, na alteração das chuvas, na subida da temperatura média e uma maior ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, como furacões e ciclones, ondas de calor e frio, enormes enchentes, secas”, disse D. Emílio Sumbelelo.
“O aquecimento global tem como consequências a redução dramática da produção agrícola dependente da chuva, o número de pessoas sem acesso à água potável, a propagação intensa de doenças sensíveis ao clima e que culminam com graves problemas ecológicos”, disse ainda o bispo do Uíge.
O administrador municipal do Quitexe, Salvador Lindo Bernardo, apontou a exploração de madeira, lenha, o fabrico de carvão e a caça furtiva, como os principais riscos ambientais que ameaçam a região.
Quitexe, 40 quilómetros ao sul da cidade do Uíge, tem uma extensão de 3.872 quilómetros quadrados. É composto por três comunas, 17 regedorias, 75 aldeias e uma população de 47.887 habitantes.
Via Jornal de Angola