Marquêz António Manuel Funta, primeiro embaixador negro africano no Vaticano

O senhor Marquês António Manuel de Funta do Soyo, foi o primeiro embaixador negro Africano no Vaticano no século XVII, em representação do então rei do Kongo Mpanzu A Nimi A Lukeni Lwa Mvemba (D. Álvaro II). Durante o seu reinado Álvaro II, queria libertar-se da tutela religiosa de Portugal. O ilustre embaixador, infelizmente viria a falecer muito prematuramente antes do fim do seu mandato e foi sepultado na Basilica di Santa Maria Maggiore em Roma.

Durante a sua viagem do reino do Kongo, através do Brasil, Marquês de Funta foi atacado por piratas, mas ele conseguiu fugir e atingiu a Espanha , três anos depois conseguiu chegar a Roma. A sua saúde estava muito mal devido a vicissitudes da sua viagem. Logo à sua chegada a Roma, o Papa Paulo V ordenou que todos os cuidados necessários fossem-lhe fornecidos mas, ele morreu pouco depois de 06 de janeiro de 1608. Foi sepultado na Basilica di Santa Maria Maggiore.

TOME NOTA

“Luvúnu Ná Lúzíngílá, Lu Kítukidi, Lúdi...” i.e. “Falsa informação(os dados) nunca desmentida ao público, será aceite(tornar-se-á ) como Verdade pelas gerações.

Erroneamente nomeado como “Nsaku Ne Nvunda” por Jean Cuvilier (Ele foi a primeira pessoa experiente em Kikongo a escrever sobre ele ) , devido à sua má interpretação da palavra "Funta". De acordo com Cuvilier, Funta (districto do Soyo) significava Vunda e concluiu que Marquês de Funta deve ter sido chefe desta região. Portanto, ligou a região de Vunda à linhagem de Nsaku o que implicava uma relação especial entre os reis e este Nsaku Ne Nvunda não era o nome de Marquês de Funta, este é claramente revelada em seus documentos pessoais, que sobreviveram, mas são inéditas, nos arquivos do Vaticano. Em algumas das correspondências sobre ele, ele foi chamado Marquis de Funta.

Em suas primeiras correspondências, datadas de 1591 tudo a partir de locais no Soyo, mas mais tarde, por volta de 1599, ele foi feito secretário do Mwene Mpemba, e nomeado mestre d’ escola (diretor de escola) na mesma província.

Podemos seguramente assumir que como Mukongo, ele tinha um nome Kikongo, mas quenão usou em sua própria correspondência.

Via Luvila.com