Os restos mortais do general das Forças Armadas Angolanas, Pedro Benga Lima "Foguetão", falecido no dia 20 do corrente mês, na África do Sul, por doença, foram a enterrar este sábado, no cemitério Alto das Cruzes, em Luanda, em cerimónia assistida pelo Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos.
Ao proceder a leitura do elogio fúnebre, o general João Pereira Massano, chefe da Direcção Nacional de Segurança Social, Desporto e Cultura do Ministério da Defesa, destacou os feitos do falecido, salientando que era um militar brilhante e de reconhecida capacidade de liderança, que protagonizou heróicas proezas pela causa da independência do país.
O malogrado nasceu em Quindambe, município do Bembe, província do Uige, aos 8 de Janeiro de 1948, e ingressou no Movimento Popular de Libertação Nacional de Angola (MPLA) em 1965, na localidade do Songololo, actual República Democrática do Congo.
Em finais de 1974, assumiu as funções de chefe de operações das extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), na então 2ª região político militar, em Cabinda.
Até a data do seu falecimento, "Foguetão" exercia o cargo de director Nacional do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério da Defesa Nacional, e era considerado uma figura histórica do nacionalismo, por ter lutado incansavelmente pela conquista da independência de Angola,
Durante a sua carreira, o falecido desempenhou as funções de chefe de operações do Estado Maior General das ex-FAPLA (1979), governador da província do Bengo (1988 a 1990), e de inspector-geral das Forças Armadas Angolanas (1993).
Em 1997 licenciou-se em economia na especialidade de gestão empresarial pela Universidade Agostinho Neto, em Luanda, tendo no ano seguinte sido nomeado director da Simportex.
Execerceu ainda o cargo de conselheiro do ministro da Defesa Nacional.
Assistiram ao funeral, o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade dos Santos, o Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, dirigentes do MPLA, membros do Executivo, do Ministério da Defesa, do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, da Polícia Nacional, entidades religiosas e familiares.
O funeral foi antecedido de velório, no Quartel-General do Exército, onde distintas entidades dos órgãos de soberania, colegas e familiares renderam homenagem ao general "Foguetão".
Via Angop