
O rastreio da doença do sono, em curso nas regiões endémicas, começa no Uíge na próxima quarta-feira e termina no dia 21, disse à Angop o director-geral do Instituto de Combate e Controlo das Tripanossomíases (ICCT).
Josenando Teófilo afirmou que naquela província vão funcionar 15 clínicas e dez equipas móveis, cada uma com sete técnicos, entre os quais um médico, enfermeiros e especialistas em laboratório de análises clínicas.
A campanha contra a doença do sono realiza-se no Negage, Songo, Ambuila, Maquela do Zombo, Mucaba, Bembe, Sanza Pombo, Damba, Kitexe e na cidade do Uíge.
Durante a campanha vão ser recolhidas informações sobre a situação epidemiológica e a densidade da mosca tsé-tsé, o vector da doença sono.
Antes de chegarem ao Uíge, os técnicos colocam em Ndalatando armadilhas para a captura da mosca tsé-tsé e realizam sessões de esclarecimento sobre formas de prevenção da doença do sono.
Josenando Teófilo revelou que para a luta anti-vectorial foram disponibilizadas 20 mil armadilhas, que estão a ser instaladas em locais de grande concentração da mosca tsé- tsé, e a ser feita a
fumigação em pontes sobre rios e nos postos de controlos da Polícia Nacional.
Há dois tipos de armadilhas, as impregnadas com insecticida que se destinam a matar as moscas e as não impregnadas para as apanhar vivas para serem dissecada e utilizadas em pesquisa.A campanha
prevê o recrutamento nas províncias por onde passa de cem jovens que ajudam na colocação das armadilhas e na recolha das moscas.
“Com esta campanha pretende-se atingir no Uíge uma cobertura de 40 por cento”, disse o médico que lembrou que o Executivo está apostado em eliminar até 2020 a doença do sono em Angola.
A campanha contra a doença do sono já foi realizada em Luanda, Bengo, Kwanza-Norte e Zaire. O Instituto de Combate e Controlo da Tripanossomíase prossegue as campanhas no próximo ano.
J. A