Dia 02 de Maio de 1961---Bandos de terroristas volataram a atacar a vila da Damba, desta vez destribuidos em dois grupos. Visavam, sobretudo, os locais onde a população reforçada com elementos da polícia se concentrou para a organização da defesa: as casas do Administrador e do Secratário e do Club local. Os dois grupos entraram, um pela estrada de Maquela, o outro, bastante mais numeroso, pela estrada do 31 de Janeiro.
Antes de tomarem posições, destruiram ou danificaram o recheio, das residências e estabelicimentos da vila. Um padre capuchinho, antes de ser iniciado o ataque, fez uma tentativa de apaziguar os atacantes, e abandonando as posições defensivas, foi ao seu encontro, vestindo o seu burel, tentando falar-lhes com braços no ar. Sem dar tempo para uma defesa, os terroristas atingiram o sacerdote com um tiro, sendo o corpo recuperado mais tarde pelos defensores, que, apesar do perigo, efectuaram um funeral condigno. O ataque manteve-se durante algum tempo, mas em vista da tenacidade da defesa, os atacantes foram repelidos, deixando pesadas baixas.
O padre capuchinho evocou,na sua acção, os sentimentos cristãos, que julagava haver no grupo de bandoleiros, chama-se Pedro Juan e era natural de Trieste. Tinha 33 anos e foi para Angola em 1956, sendo colocado na Missão Católica da Damba, onde era geralmente estimado. Depois de 15 de Março, a sua acção foi notável, ajudando os defensores de todos meios ao seu alcance.
"Bolentim Geral Ultramarino" de 1961