
Historiador quer mais textos em kikongo nos portais de investigação científica.

O historiador americano John Thorton exortou hoje, em Luanda, os investigadores do Congo Democrático, Brazzaville e de Angola a escreverem mais sobre o Reino do Congo e publicarem os seus textos
em língua Kikongo nos portais de investigação de referência como o Wikipedia.
John Thorton fez este apelo quando falava sobre a “Tradição oral, memória e o reino do Congo” no IV Encontro Internacional de História de Angola, que decorre com o tema Memória à História: A
construção da identidade.
Segundo o historiador, nestes sites de investigação existem alguns textos científicos, mas os que estão em tradução Kikongo são muito curtos, havendo também vídeos que falam sobre a história
deste importante reino africano, apesar de serem traduzidos e nem comentados em língua Kikongo.
Para o também professor de história de África, existem muitos relatos de especialistas sobre a tradição oral, muitos deles passaram parte da sua vida fora deste região, pouco se explora da
sabedoria daqueles que nasceram e continuam a viver em Mbanza Congo e que detêm conhecimento profundo da história deste reino.
“Esta área é uma das principais fontes do turismo em Angola, porquanto existem gravuras, pinturas e restos do palácio do rei que suscitam um trabalho dos arqueólogos para que os interessados
tenham acesso a tais áreas ou objectos”, disse.
Por outro lado, acrescentou, deve-se fazer pesquisa ao acervo cultural imaterial como a música, os rituais e outros que pouco ou nada se fala e que se está perdendo.
O evento, com o termo previsto para o dia 01 de Outubro próximo, tem como objectivo principal abordar o papel da história e memória na construção das identidades (matéria pouco investigada), pelo
que se impõe a criação espaços de debate e aprofundamento das questões.
Participam no IV encontro 60 especialistas, vindos da Alemanha, Brasil, Canadá, Cabo Verde, EUA, França, Inglaterra, Portugal e Suíça.
O IV encontro realiza-se em vésperas das festas do 35º aniversário da independência nacional, e nesta ordem, os especialistas devem redobrar os esforços na busca de um maior conhecimento
sobre todos que se bateram para a libertação total do país.
Angop