Por Dr Camilo Afonso (Historiador e Director do Centro Cultural Casa de Angola na Bahia)
Residências destruidas pela guerra e abondonadas na Damba.
É sempre reconfortante ler novas da nossa NDamba.Ainda bem que vão aparecendo novas contribuições,para a reconstrução da história local do nosso Munícipio.Tudo tem o seu tempo.Não nos devemos lamentar do que se passa na terra dos outros.A questão tem a ver com a nossa própria consciência,na análise a fazer dos factos referentes ao desenvolvimento das nossas casas,famílias e finalmente, veremos o que nos une.O nosso Munícipio,nossa casa comum.
Quero tecer-vos um exemplo concreto meu e referente a legalização a fazenda que nos foi legada pelo nosso avô,tio da minha mãe.É uma fazenda histórica no município do songo.Na altura da ocupação
das terras dos aangolanos pelos agricultrores portugueses,nos anos 50.Depois de uma briga com o Chefe do Posto Administrativo em pleno gabinete do mesmo,foi deportado para Baía dos Tigres,onde
permanceu preso até 1968/69.Estando eu a estudar no Uíge,concretamente,na Escola de Habilitação de Professores de Posto "Rebocho Vaz" ,do Uíge,veio buscar-me,e partir com ele para o Songo,onde
aprtesentou-me a Fazenda,isto é, em 1973.Expressando-me recomendações, em como a fazenda jamais poderia ser ocupada por nenhuma outra pessoa,em virtude de ter se sacrificado na prisão por motivos
da mesma e tendo em vista a sua família.Esteve durante quinze anos na Bahia dos Tigres,escalando peixe,e tendo como guarda um cão.Dos famosos cães da Bahia dos Tigres.No ano seguinte,e em plena
quadra natalícia,isto é,no dia 24 de Dezembro,meu avô morre envenenado.
Desde da independência aos nossos dias, àquela fazenda nunca foi ocupada,nem mesmo pela Encafé.Em resumo,passados 35 anos conseguimos,eu e os meus irmãos legalizar a fazenda junto dos órgãos do
estado (M.Agricultura ) ,no âmbito da política Lei das terras,onde a propriedade familiar é respeitada.Isto não é demagogia,são factos concretos.As demarches demoraram devido a fraca compreensão
de determinadas pessoas.É preciso determinação quando queremos defender os nossos interesses.As Autoridades Tradicionais estão sensibilizadas para prestarem o testemunho das propriedades das
famílias sob suas responsabilidades e sobejamente conhecidas nas áreas do município ou comuna em que se encontram localizadas.Falo com propriedade.Trabalhei com as mesmas,durante os tarbalhos do
Estatuto Jurídico das Autoridades Tradicionais em Angola.E eu acompanhei as Províncias de Cabinda,Mbanza Kongo e Uíge.Haja coragem e uma atitude séria.
Muitas vezes as culpas que são atribuidas a este ou aquele,têm distorcido a realidade dos factos.A nossa casa só tem beleza,se ela for embelezada pelos seus filhos e sobrinhos.Os Bkongos têm
muitas máximas para desmostrarem isto. Os Mazandu, que são as nossas feiras populares da venda de tudo, e dos famosos mikates e mfúmbwa,são da realidade Bakongo, desde o antigo Estado Kongo.Basta
recordar o que foi a Damba nos anos 74 à 85.E depois foi o fim. É preciso acordar em todos os aspectos.Desde os que estão em Angola e os que se emcontrem espalhados na diáspora.Estive em Portugal
na Embaixada, e sei como muitos agiam.Agitavam os outros para não irem à embaixda renovarem os passaportes novos.Os que o fizeram têm os passaportes.Viajam para o país e sem constrastes.
" Kani kuzinguila,kya kukya".Mesmo que demorar a amanhacer,a aurora sempre chegará.Haja esperança.
Lutemos para o bem dos nossos Municípios,Comunas com vis ao desenvolvimento do nosso país."Nlele nsopa ka wa tomina makino ko".Nunca se deve confiar no fato emprestado.A terra bonita é terra
alheia.Estas são maximas da nossa cultura africana.
Sala kiambote,ye mavimpi kwa yeno awonso mpangi zame akwa ndamba ye Wíji.
Kwa mono Mpangi eno,
NANIZAU