Por António Capitão
A Universidade Agostinho Neto (UAN) vai passar a leccionar cursos de Mestrado, Pós-graduação e Especialização, em meados de 2013, na província do Uíge, destinados aos gestores públicos e demais interessados, que sejam licenciados ou bacharéis.
A informação foi anunciada pelo director do Centro de Pesquisa em Políticas Públicas e Governação Local (CPPPGL) e coordenador dos cursos de Mestrado e Pós-graduação da referida instituição do ensino superior, na segunda-feira, na
cidade do Uíge. Jacob Massuangani falava durante a apresentação do projecto, na sala de sessões da antiga Câmara
Municipal, que contou com a participação de membros do Governo Provincial, docentes e discentes universitários da Universidade Kimpa Vita (UNIKIVI) e do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED).
O objectivo, segundo explicou, é formar e qualificar, sobretudo os gestores públicos, para permitir que eles possam incrementar melhor as políticas públicas e melhorar os métodos
governativos, com base na utilização de conhecimentos científicos credíveis.
Para o grau de mestrado, com início previsto para Abril do próximo ano, os universitários do Uíge podem
candidatar-se aos cursos de Governação e Gestão Públicas, cujas matérias se baseiam em linhas de orientação
relacionadas com a governação e políticas públicas, gestão pública e administração local.
No curso de Ciências Jurídico-Económicas e Desenvolvimento são analisados os conteúdos sobre direitos
autárquicos e desenvolvimento local, e sobre o direito empresarial público.
“Os cursos de mestrado vão ter a duração de dois anos, com uma semana de aulas em cada mês, em período pós-laboral. O primeiro semestre serve para a parte lectiva,
enquanto no segundo e terceiro os estudantes realizam trabalhos individuais e colectivos, que devem ser apresentados e defendidos antes do início do quarto semestre. O último período de formação é dedicado a pesquisas, elaboração da tese e dissertação”, explicou.
Em relação à pós-graduação, a Universidade Agostinho Neto promove os cursos de Administração e Gestão
Pública, Políticas Públicas e Governação Local, Administração e Governação Local, Direito Autárquico e Finanças Local, Desenvolvimento Local e Territorial
e Gestão Estratégica de Recursos Humanos, cuja duração vai até dois semestres e as aulas obedecem ao mesmo critério aplicado aos cursos de Mestrado.
Com o arranque previsto para Julho de 2013, Jacob Massuangani esclareceu que, para a pós-graduação, os candidatos apresentam apenas uma monografia para serem certificados. Os cursos executivos permitem aos interessados especializarem-se em Pesquisa Social e Análise Económica, Logística e Assessoria Jurídica, Gestão dos Serviços Públicos e Atendimento, Business Inteligence e Desenvolvimento de Negócios e Mercados Emergentes, Direito das Autarquias Locais e Regime Financeiro Local, Planeamento e Gestão Urbana, Finanças, Investimento e Gestão Orçamental, Administração, Gestão Estratégica e Controlo, Assessoria de Direcção e Consultoria Técnica.
Além dos cursos de Mestrado, Pós-graduação e Especialização, vão também estar disponíveis formações em Alta Direcção Executiva e Pensamento
Estratégico na Liderança e em Business Inteligence e Gestão de Projectos por Desempenho. Os cursos de Pós-graduação e Especialização vão ser
administrados no Uíge, enquanto os de Mestrado são realizados em Luanda. “Em relação aos cursos de mestrado as
exigências são maiores, desde o número de candidatos, qualidade dos docentes e infra-estruturas com as condições mais adequadas para o efeito”, adiantou Jacob
Massuangani. Os cursos de mestrado, pós-graduação e especialização do Centro de Pesquisa
de Políticas Públicas e Governação Local da Universidade Agostinho Neto tiveram início em 2011 e já funcionam em
três províncias do país: Luanda, Benguela e Cabinda.
Para frequentarem os cursos, os interessados pagam no total até um milhão e meio de kwanzas para o grau de
Mestrado, 700 mil para o de Pós-graduação e entre 350 a 400 mil kwanzas para os cursos de Especialização.
“São valores que os candidatos podem pagar integralmente, e mediante uma negociação com a direcção do centro serem escalonadas em três, quatro
ou mais prestações. O objectivo é que tenhamos no país gestores públicos mais competentes e qualificados”, concluiu.
J.A