Uíge - A província do Uíge apresenta boas condições para se tornar no maior centro produtor e fornecedor de madeira e produtos derivados a nível do país, afirmou hoje, nesta cidade, o Secretário de Estado para os Recursos Florestais, André de Jesus Moda.
O secretário falava na cerimónia de abertura do Fórum provincial de oportunidades e negócios promovido pelo governo local no quadro da 19ª edição das festas da elevação do Uíge à categoria de cidade.
André de Jesus sustentou que o elevado potencial de recursos florestais em regime de exploração que a província dispõe permite a existência de um parque industrial de transformação de madeira, capaz de abastecer o mercado local e nacional, com todo o tipo de produtos de madeira e derivados, assim como produzir excedentes para exportação.
Para o efeito, ressaltou, torna-se importante conhecer a situação prevalecente na região para saber com precisão que medidas devem ser tomadas para as formas de gestão dos recursos florestais e o desenvolvimento das actividades de exploração madeireira.
O secretário, que falava em representação do Ministro da Agricultura, Afonso Canga, sublinhou que a valorização e gestão dos recursos florestais constituem uma preocupação central nas políticas do Estado, dada a sua capacidade de produção de bens e serviços destinados à satisfação das necessidades básicas da população.
Neste sentido, disse, diversas medidas tendentes ao desenvolvimento do sector, foram tomadas pelo Executivo, através do Ministério de Agricultura, mormente, a elaboração e aprovação de diversas normas legais no quadro da reestruturação e reorganização do sector florestal, visando substituir a legislação colonial.
Reconheceu, por outro, que a implementação das referidas medidas visam ultrapassar os constrangimentos e limitações estruturais ainda existentes para o desenvolvimento sustentável do sector.
Por outro lado, salientou que a instalação de entrepostos de comercialização de madeira previstos contribuirá para superar em grande parte os problemas vividos.
“Os entrepostos vão facilitar também o trabalho das autoridades competentes no controlo e fiscalização da madeira produzida antes do seu destino final, seja para o efeito de controlo estatístico, mas também para efeitos de controlo das características técnicas e mecânicas da madeira, incluindo a sua origem”, ressaltou.
O governante anunciou, por outro, aos participantes que Angola pela sua posição geográfica dispõe de recursos florestais de grande dimensão para, a médio e longo prazos, desenvolver e diversificar a sua economia e contribuir de forma significativa para a redução da pobreza e garantir a segurança alimentar.
“Segundo estimativas, o país possui uma capacidade permissível de corte anual estimado em 360 mil metros cúbicos de madeira em toro de floresta natural”, disse.
Os participantes estão a abordar, entre outros temas, “estratégias integradas de exploração e industrialização de produtos de base florestal”, “a problemática de exploração florestal, produção, transformação e comercialização de madeira em toro na província do Uíge, “critérios e requisitos para a organização e constituição do progresso de exploração florestal”, “processo de arrecadação de taxas e outros emolumentos pela emissão de licenças de exploração de produtos florestais e cobranças de multas sobre a transgressão à lei floresta”.
Via Angop