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Portal da Damba e da História do Kongo

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Pacaça em extinção no norte de Angola

Publicado por Muana Damba activado 25 Mayo 2015, 17:32pm

Etiquetas: #Notícias do país, #Notícias do Uíge

Pacaça ou búfalo vermelho, está em via de extinção, na imagem, um pacaça no jardim zoológigo de Lisboa.

Pacaça ou búfalo vermelho, está em via de extinção, na imagem, um pacaça no jardim zoológigo de Lisboa.

O Ministério do Ambiente solicitou, em Luanda, o apoio das Forças Armadas Angolanas (FAA) para a recuperação da Pacaça, mamífero emblemático das províncias do Uíge e Zaire e que se encontra em vias de extinção.

A solicitação foi feita durante um seminário sobre “Forças Armadas na Protecção e Conservação da Diversidade Biológica em tempo de paz”, dirigido aos oficiais e civis das FAA, no quadro do 22 de Maio, Dia Mundial da Biodiversidade.


O chefe de departamento da Biodiversidade do Ministério do Ambiente, Nascimento António, disse que a espécie corre risco de extinção, uma vez que caçadores furtivos e vendedores da carne deste animal fazem passar o produto por carne de vaca.


“A pacaça está em vias de extinção. Havia muitas manadas no Parque Nacional da Quiçama, que era o seu símbolo, mas hoje não existe nenhum exemplar”, informou o técnico do Ministério do Ambiente.

Protecção da espécie

O sector prepara uma missão de captura de algumas pacaças para a sua recuperação, à semelhança do projecto de conservação da “Palanca Negra Gigante”.


“Estamos a preparar uma missão de captura da pacaça para transferi-la para a Quiçama. Para isso, precisamos do apoio das Forças Armadas, que desde o alcance da paz apoiam o sector do Ambiente nas suas mais variadas vertentes”, reconheceu o técnico.


O Ministério do Ambiente solicitou aos quartéis e bases militares das FAA empenho na conservação e protecção das áreas protegidas (estimadas em 12,58 por cento do território nacional), devido às constantes ameaças de caçadores furtivos.


“As Forças Armadas Angolanas têm sido o maior parceiro na protecção da biodiversidade em Angola e apelamos ao envolvimento de todos para a salvaguarda deste património”, disse Nascimento António. Entre outras operações, as FAA apoiaram com meios materiais e humanos o reconhecimento e captura da Palanca Negra Gigante (2009-2011), no quadro do projecto de reprodução “Arca de Noé”, em curso no Parque Nacional da Quiçama, e de protecção da tartaruga marinha. Quanto à situação da biodiversidade em Angola, o chefe de departamento da Biodiversidade disse que algumas espécies se encontram em vias de extinção e outras em reprodução, como é o caso dos elefantes, girafas e hipopótamos.


“Os estudos em torno da biodiversidade em Angola ainda não estão acabados, continuamos a notar a recuperação de muitas espécies e o perigo de desaparecimento de outras”, avançou Nascimento António.
Assegurou que as únicas espécies que não se encontram na lista vermelha são elefantes, hipopótamos, crocodilos e girafas.


Segundo a fonte, citando o relatório da biodiversidade 2007/2012, em Angola existem menos de 100 búfalos, menos de 30 chimpanzés, oito famílias de gorilas, 50 e 100 hienas castanhas e malhadas, respectivamente, menos 100 leopardos e menos de 50 leões rinocerontes brancos e pretos.


O bambi (veado), golungo e pacaça são as espécies mais procuradas pelos caçadores furtivos em Angola.

Caça furtiva

A desflorestação, caça furtiva, derrame de petróleo, degradação dos mangais, espécies invasoras, elevada densidade populacional que sobrevive da agricultura e criação de gado são, segundo a fonte, as principais ameaças à biodiversidade em Angola.


“Em Angola, de acordo com os resultados do Censo de 2014, 50 por cento da população vive no meio rural e as actividades por ela praticada, desde agricultura, caça e pesca, dependem directamente da biodiversidade”, lembrou.


Apesar de se assistir a uma certa consciencialização ambiental na comunidade rural, os trabalhos de sensibilização devem ser reforçados para a protecção e conservação da biodiversidade angolana. Angola conta com 11 áreas de conservação, que representam 12,58 por cento do território nacional.


Angola possui uma imensidão de insectos invulgares, sendo por isso imperioso o estudo da fauna e flora do país como forma de preservação e aproveitamento das suas vantagens para o ecossistema.


Angola é um país fértil em termos de fauna e flora, pelo que é imperativo a promoção de acções de protecção de espaços onde o habitat dos animais ainda não foi destruído e carece deintervenção das comunidades em geral.
Para tal, é preciso aumentar a consciencialização da população para a importância da diversidade biológica e para a necessidade de protecção da biodiversidade.

Via J.A

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