Por António Capitão
O governador do Uíge manifestou-se insatisfeito com nível de desempenhos dossectores da Educação e Saúde na província “por serem irregulares”.
Falando na abertura da I Sessão Ordinária do Conselho Provincial de Auscultação e Concertação Social, Paulo Pombolo lembrou que em 2012 foram executadas várias tarefas e tomadas novas medidas, com vista ao melhoramento do funcionamento dos sectores em referência.
Disse que naquele mesmo ano houve melhorias significativas, mas, referiu que agora constata-se algumas irregularidades no funcionamento dos dois sectores, problemas que devem ser ultrapassados com maior brevidade possível.
Paulo Pombolo referiu que no ano passado foram feitos investimentos no sector da saúde, com vista a melhoria das condições de atendimento das populações nos hospitais municipais e central. Acrescentou que há dois meses nota-se que os níveis atingidos começaram a regredir, pelo que pede-se maior atenção dos responsáveis do sector.
O Governador da Provincial do Uíge esclareceu que no âmbito dos Programas de Investimentos Públicos (PIP) e do Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza (PMIDRCP) existe um conjunto de acções, muitos dos quais se encontram a 100 por centos na sua fase de execução. Outros projectos encontram -se em fase de execução.
O responsável informou que foi orientado superiormente a adopção de soluções de se transferir as acções não executadas para o próximo ano, para que o Plano Provincial de Desenvolvimento do Uíge seja cumprido no período de 2013 a 2017. “Temos enfrentado desde o mês de Junho dificuldades de recursos financeiros para investimentos públicos nas administrações municipais e no próprio governo provincial. Isso pode resultar na não concretização de algumas tarefas, devido a redução do preço do petróleo no mercado internacional”, disse.
O vice-governador para o sector Económico, Carlos Samba, esclareceu que devido a redução das quotas financeira, o PMIDRCP foi executado apenas na ordem dos 72,59 por centos, tendo sido construído 36 escolas e reabilitada 12, totalizando 208 salas de aulas, o que permitiram que mais 18 mil alunos estudassem em melhores condições de acomodação. Outras 48 escolas, que perfaz um total de 286 salas estão em construção para acolher milhares de alunos no próximo ano lectivo. Pelo menos em 168 instituições de ensino, cerca de 30.285 alunos beneficiaram de 6.662.700 merendas escolares.
Em relação ao sector da Agricultura foram adquiridos 24.261 imputs agrícolas, distribuídas a 20.979 famílias e 164 associações de camponeses. Também , 173.334 habitantes de várias localidades rurais beneficiaram de 21 moageiras.
Relativamente a saúde, foram construídos 21 postos de saúde e reabilitados igual número, enquanto 32 outros estão em construção e a serem reabilitadas em várias localidades. Foram também adquiridas três ambulâncias, oito carrinhas de apoio hospitalar, 84 motorizadas para os técnicos, 49 geradores de corrente eléctrica, 24 arcas conservadoras de vacinas e 115 lotes de medicamentos que serviram para atender, gratuitamente, um milhão e 393 mil e 624 habitantes.
Mais água e energia
O director interino da energia e águas, Seluyeki Manuel, explicou que desde o início do ano estão em curso trabalhos de construção de uma nova rede de distribuição de água à cidade do Uíge. A previsão da implantação do projecto é de 120 quilómetros de rede e 9.400 ligações domiciliárias.
A malha da nova rede de 93.942 metros já foi construída e colocadas 4.107 junções em igual número de residências, correspondendo a 78,28 por centos da empreitada. Também já foi feita a lavagem da rede instalada no bairro Candombe e falta apenas a sua desinfecção com a injecção de cloro, enquanto se aguarda a chegada do doseador. A previsão é que as obras sejam ainda concluídas até finais do próximo ano.
A cidade do Uíge tem, desde Novembro último, uma capacidade instalada para o fornecimento de energia eléctrica de 40 MVA, que está a facilitar a expansão do produto na periferia da cidade do Uíge.
O subdirector da ENE no Uíge, Pedro Buca, disse que a corrente produzida, a partir da barragem de Capanda, em Malange, vai permitir efectuar 3.991 ligações domiciliárias, das quais 2.600 já estão concluídas.
Explicou que dos 739 postos de iluminação pública previstos, 656 das quais já foram instalados, além de 47 Postos de Transformação (PT), 71,2 quilómetros de linhas de baixa tensão, 23,6 de média tensão e 2.464 postos de transportação de média e baixa tensão.
No município de Maquela do Zombo, a rede de média e baixa tensão está a ser expandida nos bairros 4 de Fevereiro, Gika e Kintino, enquanto no Negage os moradores da aldeia Missão vão beneficiar deste serviço nos próximos meses.
Pedro Buca anunciou também a construção de subestações eléctrica nos municípios do Bungo, Damba, Mucaba e Songo. “Foi feita vistoria em algumas residências do bairro Qindenuco para ainda nesta semana beneficiarem de energia eléctrica”, garantiu.
No mês de Novembro entram em funcionamento dois novos grupos geradores de corrente eléctrica com capacidade de 1.000 KV cada, que vão reforçar a capacidade de fornecimento do produto no bairro Popular.
Via JA